Existem várias teorias que procuram identificar a origem do dia de S. Valentim. Contudo, nenhuma é totalmente aceite, especulando-se quais possam ser as razões de este dia se celebrar a 14 de fevereiro. No entanto, e independentemente de qual seja o berço desta celebração, esta data tornou-se um marco que assinala o amor e a afetividade. 

Assim sendo, e apesar de estar fortemente enraizado como sendo o Dia dos Namorados – adornando-se a importância das relações românticas – é fundamental relembrarmos que o amor não se limita a um único tipo de relação, não sendo também possível que o valoremos todos da mesma forma, nem que haja uma única forma de demonstrar carinho e afeto para com os nossos entes queridos.

Quando temos a oportunidade de passar este dia com crianças e/ou jovens, é interessante que possamos ensiná-los (e aprender) sobre a importância de valorizarmos e cuidarmos das pessoas que amamos, sobre a importância da gratidão e do respeito pelo outro, e sobre o amor próprio – e de como ele pode ser essencial para amarmos os outros de forma mais plena. Neste sentido, talvez possa ser interessante partilhar momentos especiais neste dia de celebração: acaso cozinhar ou fazer um bolo juntos, incentivá-los (e ajudá-los) a escrever cartas/bilhetes para os seus amigos, familiares ou pessoas especiais nas suas vidas, ou, simplesmente (sem deixar que esta palavra retire a solenidade do momento), conversar. 

Além disso, há um longo caminho (a longo prazo) que ajuda a cimentar o vocabulário e o lugar do amor no dia-a-dia das crianças. Na verdade, deve procurar-se que, num plano diário, se demonstre que o amor também se dá e recebe em pequenos gestos, se explique a imperatividade de se estabelecerem relações saudáveis (e as formas em que elas se podem estabelecer) e como podem ser cultivadas, e que o amor familiar deve ser sempre celebrado, enfatizando-se a noção de que o amor romântico não extingue a plasticidade e multitude do amor.

O dia de S. Valentim é, então uma oportunidade para nos aproximarmos e celebrarmos – com gratidão – o amor e o afeto que circunscrevem a nossa vida, independentemente do formato em que eles se nos abeiram. Celebremos o amor (e ensinemo-lo!) para que ele possa evoluir continuamente para a sua versão mais pura, e para que possamos respeitar as suas mais variadas demonstrações. 

Eliana Lage

O dia de S. Valentim e a celebração do amor

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